terça-feira, 14 de junho de 2011

MARCHA DAS VAGABUNDAS EM FLORIANÓPOLIS

O nome Marcha das Vagabundas pretende questionar o uso negativo que se dá ao termo, estigmatizando mulheres que são agentes de seu corpo, de sua sexualidade e escolhas estéticas.

Tudo começou depois que o policial Michael Sanguinetti teve a infeliz idéia de dizer em palestra na Universidade de Toronto (Canadá), que as mulheres deveriam evitar se vestir como prostitutas para não serem vítimas de estupros. A ação do policial gerou uma reação: revolta que se transformou em protesto com mais de 3 mil pessoas nas ruas da cidade. Nascia ali a SlutWalk ou Marcha das Vagabundas, que se espalhou pelo mundo e agora chega em Florianópolis.
Marcha das Vagabundas no Canadá. (Foto: AP)
Em São Paulo o evento acontece na Avenida Paulista, no dia 6 deste mês. (Foto: Portal MidiaIndependente)

O encontro na ilha será no próximo sábado, 18 de junho, as 14 horas, em frente a Catedral Metropolitana , na Praça XV. No mesmo dia acontecem manifestações em Brasília, Salvador e Belo Horizonte. A Marcha das Vagabundas estará em Florianópolis, mas já aconteceu, além do Canadá, onde tudo começou, em Chicago, Boston, Paris, São Paulo, Los Angeles, Edinburgo (Escócia), Estocolmo (Suécia), Amsterdã (Holanda), Copenhagen (Dinamarca), Camberra (Austrália), Recife e agora, em Florianópolis. Na capital catarinense ela é realizada junto a Marcha da Liberdade, pois ambas dialogam no sentido de se dizer o que pensa e ser quem é, informou a Assessoria de Imprensa local.


A iniciativa e organização da “Marcha das Vagabundas – Florianópolis” partiu de um grupo de estudantes de Ciências Sociais – UFSC (Ana Paula Boscatti, Raruilquer Oliveira e Luísa Bonetti) e Antropologia - UFSC (Amanda Jeremias, Geneviève Dauphin-Johnson) e contou com o apoio de estudantes de outros cursos e universidades de Florianópolis. De acordo com a organização da marcha a idéia é estender o protesto a Florianópolis não só em forma de apoio às canadenses, mas expor sua indignação chamando atenção ao fato de que no Brasil posturas como estas são corriqueiras e o mesmo argumento já foi usado para culpabilizar mulheres em situações de estupros e violências diversas, em função do lugar privilegiado que o machismo tem sobre homens e também mulheres.

COMO PARTICIPAR? O evento está sendo divulgado pelo Facebook da Marcha em Florianópolis, para quem se interessar, ou quiser tirar dúvida basta entrar em contato com a organização através do e-mail: vagabundasfloripa@gmail.com

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